sexta-feira, 5 de agosto de 2011

características dos climas do brasil

equatorial




ocorre na região Amazônica, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão e está sob ação da massa de ar equatorial continental – de ar quente e geralmente úmido. Suas principais características são temperaturas médias elevadas (25°C a 27°C); chuvas abundantes, com índices próximos de 2.000 mm/ano, e bem distribuídas ao longo do ano; e reduzida amplitude térmica, não ultrapassando 3°C. No inverno, essa região pode sofrer influência da massa polar atlântica, que atinge a Amazônia ocidental ocasionando um fenômeno denominado "friagem", ou seja, súbito rebaixamento da temperatura em uma região normalmente muito quente.



Tropical


Abrange toda a região central do país, a porção oriental do Maranhão, grande parte do Piauí e a porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Também é encontrado no extremo norte do Brasil, em Roraima. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (entre 18°C a 28°C), com significativa amplitude térmica de (5°C a 7°C), e estações bem definidas – um verão chuvoso e inverno seco. Apresenta alto índice pluviométrico, em torno de 1.500 mm/ano. A estação chuvosa é o verão, quando a massa equatorial continental está sobre a região. No inverno, com o deslocamento dessa massa diminui a umidade e então ocorre a estação seca.


Tropical de altitude

É encontrado nas partes mais elevadas, entre 800m e 1000m, do planalto Atlântico do Sudeste. Abrange trechos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de JaneiroEspírito Santo, norte do Paraná e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Sofre a influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18°C e 26°C, e amplitude térmica anual entre 7°C e 9°C. No inverno, as geadas acontecem com certa frequência em virtude da ação das frentes frias originadas da massa polar atlântica.

Tropical atlântico ou tropical úmido


Estende-se pela faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao extremo leste de São Paulo. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. O clima é quente com variação de temperatura entre 18°C e 26°C e amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul -, úmido e chuvoso durante todo o ano.

Subtropical

Santa Catarina.Em termos de temperatura, apresenta as quatro estações do ano relativamente bem marcadas. Os verões são um pouco quentes, na maior parte da Região Sul (Cfa, segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger), enquanto os verões são amenos nas Serras Gaúcha e Catarinense, além do extremo sul do país, nas partes mais elevadas das Serras de Sudeste (caracterizado por Köppen como Cfb), com média anual de temperatura inferior aos 17°C. Os invernos são frescos (frios para os padrões brasileiros), com a ocorrência de geadas em toda a sua área de abrangência, havendo a ocorrência de neve nas partes mais elevadas da região. A neve ocorre com regularidade anual apenas acima dos 1.000 metros de altitude (constituindo uma pequena área entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina), sendo, nas áreas mais baixas, de ocorrência mais esporádica, não ocorrendo todos os anos.
É o clima das latitudes abaixo do trópico de Capricórnio: abrange o sul do estado de São Paulo e a região metropolitana de São Paulo, a maior parte do Paraná(com exceção do norte), Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Está localizado na faixa de luminosidade temperada, contudo, não apresenta várias características do clima temperado. É influenciado pela massa polar atlântica, que determina temperatura média de 18°C e amplitude térmica anual elevada para padrões brasileiros, de cerca de 10°C. As chuvas variam dos 1000 mm aos 2000 mm/ano e bem distribuídas anualmente. Há geadas com frequência e eventuais nevadas.
Nos pontos mais altos do planalto, onde pode ocorrer a neve durante os dias de inverno, estão situadas as cidades mais frias do país: São Joaquim e Urupema, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, as três com temperatura média anual de 13°C. O local mais frio do país é creditado ao cume do Morro da Igreja, no município de Urubici, próximo a São Joaquim, o ponto habitado mais alto da Região Sul do país.

Semiárido

Típico do interior do Nordeste, região conhecida como o Polígono das Secas, que corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médios e inferiores do rio São Francisco. Sofre a influência da massa tropical atlântica que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27°C) e chuvas escassas (em torno de 200 mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano. Há períodos em que a massa equatorial atlântica (superúmida) chega no litoral norte de Região Nordeste e atinge o sertão, causando chuva intensa.
O país tem 11% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Tropical Litorâneo

É encontrado na parte oriental do país e abrange as áreas próximas ao litoral. Esse tipo de clima é fortemente influenciado pela massa de ar Tropical Atlântica e pelos ventos úmidos vindos do oceano.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

atuação das massas de ar

As massas de ar são grandes volumes de ar que apresentam horizontalmente características físicas mais ou menos uniformes (uma temperatura e umidade uniformes). Formam-se em grandes zonas planas, com áreas que podem ir até vários milhares de quilómetros, onde o ar pode estar suficientemente tempo parado para tomar as características físicas próprias da superfície em baixo dele. Podem ter vários milhares de quilometros de espessura. Conforme a zona em que se desenvolvem são classificadas como equatoriais (quentes e muito úmidas), tropicais (quentes) e polares (frias) ou massas de ar marítimas (geralmente muito úmidas) e massas de ar continentais (geralmente secas).
Quando uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais fria do que ela, é chamada uma massa de ar quente. Se a superfície está mais quente do que ela, é chamada uma massa de ar frio.
As massas de ar frias são mais instáveis, apresentam boa visibilidade e permitem a formação de trovoadas e de nuvens cumuliformes. As massas de ar quentes são mais estáveis e estão associadas a uma visibilidade mais restrita favorecendo a formação de neblinas e nevoeiros e nuvens do tipo estratificado.
As massas de ar são o veículo da transferência de calor na atmosfera através do globo. Quando uma massa de ar se desloca, a sua parte dianteira passa a ser conhecida por frente. A massa de ar em deslocamento vai-se modificando, porque encontra condições de superfície diferentes, e o seu movimento provoca variações de pressão. As massas de ar acabam por chocar umas com as outras, normalmente nas latitudes médias, produzindo a maioria dos fenómenos meteorológicos mais interessantes.
O ar de um lado da frente sopra tipicamente numa direção diferente do outro lado o que faz com que o ar convirja (embata um no outro) ou se empilhe na zona da superfície frontal. Como o ar tem que ir para algum lado, acaba por subir e o vapor de água condensa. Se há suficiente umidade (quantidade de vapor de água) no ar, há uma probabilidade aumentada de que as gotas aumentem em tamanho acabando depois por cair para terra, sob a forma de precipitação.


Sistema frontal - esquema no hemisfério norte.
No seu movimento, as massas de ar de diferentes características de temperatura, pressão e umidade, encontram-se, dando origem ao chamado sistema frontal, que é composto, de um modo geral, por uma frente fria, o motor do sistema, e uma frente quente que a antecede. As frentes oclusas surgem quando a frente fria, movendo-se mais depressa, ultrapassa a frente quente e ambas se encontram à superfície, na fase final do sistema.
No Hemisfério Norte, os ventos que precedem as frentes são predominantemente de Sudoeste. Os ventos que ocorrem com a passagem das frentes frias são mais intensos e mais frios e são, no Hemisfério Norte, predominantemente de Noroeste. No Hemisfério Sul as direções dos ventos pré-frontais e pós-frontais são as inversas.

tipos de chuva

  • Chuvas frontais são causadas pelo encontro de uma massa fria (e seca) com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de inverno no Brasil Meridional que caminham desde o Sul (Argentina) e se dissipam no caminho podendo , eventualmente, chegar até o estado da Bahia. Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação.
  • Chuvas de convecção ou convectivas são também chamadas de chuvas de verão na região Sudeste do Brasil e são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na Floresta Amazônica e no Centro Oeste. Na região Sudeste, particularmente sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) também ocorrem tempestades convectivas associadas a entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.
  • Chuvas orográficas (ou Estacional) são também chamadas de chuvas de serra, ou ainda, chuvas de relevo e ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. São comuns nos litorais paranaense, catarinense e paulista e em todo o litoral brasileiro na Serra do Mar. Esse tipo de precipitação pode estar associada a presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas a sotavento dessas barreiras.
As maiores precipitações registradas na região sudeste ocorreram em fevereiro de 1966 quando durante um tórrido verão se juntaram uma frente fria com as precipitações convectivas e na Serra do Mar as chuvas orográficas, ocasionando grandes desastres sobretudo no eixo Rio-São Paulo. Esta chuva excepcional de período de retorno ou recorrência calculado como cerca de 100 anos está registrada no livro "Enchentes no Rio de Janeiro" publicado pela SEMADS-GTZ.

tipos climaticos do Brasil

  • 1 Equatorial
  • 2 Tropical
  • 3 Tropical de altitude
  • 4 Tropical atlântico ou tropical úmido
  • 5 Subtropical
  • 6 Semiárido
  • 7 Tropical Litorâneo
O clima do Brasil é diversificado em consequência de fatores variados, como a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. As massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica.
O Brasil apresenta o clima superúmido com características diversas, tais como o super-úmido quente (equatorial), em trechos da região Norte; super-úmido mesotérmico (subtropical), na Região Sul do Brasil, no sul e planalto paulista do estado de São Paulo, e super-úmido quente (tropical), numa estreita faixa litorânea de São Paulo ao Rio de Janeiro, Vitória, sul da Bahia até Salvador, sul de Sergipe e norte de Alagoas.
O clima úmido, também com várias características: clima úmido quente (equatorial), no Acre, Rondônia, Roraima, norte de Mato Grosso, leste do Amazonas, Pará, Amapá e pequeno trecho a oeste do Maranhão; clima úmido subquente (tropical), em São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul, e o clima úmido quente (tropical), no Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, sudoeste e uma estreita faixa do oeste de Minas Gerais, e uma faixa de Sergipe e do litoral de Alagoas à Paraíba.
O clima semi-úmido quente (tropical), corresponde à área sul do Mato Grosso do Sul, Goiás, sul do Maranhão, sudoeste do Piauí, Minas Gerais, uma faixa bem estreita a leste da Bahia, a oeste do Rio Grande do Norte e um trecho da Bahia meridional.
O clima semi-árido, com diversificação quanto à umidade, correspondendo a uma ampla área do clima tropical quente. Assim, tem-se o clima semi-árido brando, no nordeste do Maranhão, Piauí e parte sul da Bahia; o semi-árido mediano, no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e interior da Bahia; o semi-árido forte, ao norte da Bahia e interior da Paraíba, e o semi-árido muito forte, em pequenas porções do interior da Paraíba, de Pernambuco e norte da Bahia.
A maior temperatura registrada oficialmente no Brasil foi 44,7 °C em Bom Jesus, Piauí, em 21 de novembro de 2005, superando o recorde também oficial de Orleans, Santa Catarina, de 44,6 °C, de 6 de janeiro de 1963. Já a menor temperatura registrada foi de -17,8 °C no Morro da Igreja, em Urubici, Santa Catarina, em 29 de junho de 1996 (registro extra-oficial). A menor temperatura registrada oficialmente no país foi de -14 °C, no município de Caçador, no mesmo estado, em junho de 1952.

mapa segundo aziz ab'saber